PRODUÇÃO
Nas atividades produtivas de ouro no Brasil, destacam-se as realizadas nas minas, por empresas legalmente constituídas e a produção rudimentar realizada pelos garimpeiros. As reservas brasileiras medidas e indicadas representam cerca de 1,9% do total e estão assim distribuídas: Minas Gerais (48,0%), Pará (36,9%), Goiás (6,0%), Mato Grosso (3,6%), Bahia (3,0%) e outros (2,5%).
Segundo o Sumário Mineral Brasileiro 2007, as principais empresas produtoras de ouro no Brasil em
2006 foram: Anglogold Ashanti Mineração Ltda (MG) – 16,9%; e Rio Paracatu Mineração S.A. (MG) –
15,4%. A produção global de ouro, em 2006, totalizou 2.500.000 kg (2.500 toneladas), registrando tímido
acréscimo de 1,2% em relação ao ano anterior.
Segundo DUARTE e OLIVEIRA (200) no ano de 2006, a produção nacional de ouro alcançou 40.000 kg. A produção das minas (empresas) correspondeu a 87,0% da produção nacional, registrando acréscimo de 16,4% em relação à produção do ano anterior.
Segundo DUARTE e OLIVEIRA (2007) a produção de ouro de garimpo, estimada sobre a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras –IOF, atingiu aproximadamente 5.200 kg em 2006, com expressivo recuo de 38,0% frente a 2005. A forte apreciação do Real frente ao dólar contribuiu sensivelmente para derrubar as cotações do ouro no mercado brasileiro (R$/g) chegando ao ponto de dissipar, e até mesmo reverter, o efeito das altas verificadas nos preços do metal no mercado internacional (US$/oz(*).
Esse recuo nos preços internos acabou inibindo a produção em depósitos secundários lavrados por garimpeiros durante o ano de 2005 e 2006. Estima-se que a distribuição das atividades garimpeira nos principais estados produtores de ouro foi: Pará (45,7%), Mato Grosso (20,3%), Amapá (15,5%), Rondônia (8,08%) e outros (10,5%). A partir de 1996 o preço do ouro no mercado internacional sofreu uma queda e em 1998 a tendência de queda acentuada do preço do ouro obrigou a paralisação das operações de lavra na Mina Grande em Minas Gerais e da mina de Jacobina, Bahia. Durante esse período procurou-se efetuar a lavra seletiva de minérios de mais alto teor em outras minas. Isso resultou em queda no total da quantidade produzida pelas empresas do país, tendo a produção neste ano atingido 85.394 kg.
A partir de 2002 ocorreu a recuperação do preço do ouro, passando de US$312/oz ( oz = onça troy (ounce troy) = 31,1034 gramas) para US$448/oz. no ano de 2005 e US$614,17/oz no de 2006. Mesmo assim a produção de ouro no Brasil continuou em queda a partir de 2000, apresentando uma leve recuperação em 2004 (48.455kg), voltando a cair em 2005 (38500kg) e exibindo nova recuperação em 2006. (40.000Kg).
PRINCIPAIS PRODUTORES
O ouro é produzido principalmente na África do Sul (61% da produção mundial), Rússia, Canadá e Estados Unidos, além de Índia, México, Japão, etc. No Brasil destacam-se os estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraná, Amapá, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Rio Grande do Norte.
TENDÊNCIAS DE MERCADO
Em 2006, a produção mundial de ouro totalizou 2.500 toneladas registrando tímido acréscimo de
1,2% em relação ao mesmo período anterior. O consumo mundial de ouro, divulgado pelo World Gold
Council, apontou, como principal mercado consumidor, em 2006, o setor de joalheria, absorvendo
67,4% da oferta global (DUARTE & OLIVEIRA, 2007), contra 72,9% de 2005 (OLIVEIRA, 2006),
seguidos pela demanda por investimentos financeiros, moedas e barras (18,9%), (DUARTE &
OLIVEIRA, 2007).
O mercado consumidor interno, em 2006, demandou 34.900 kg de ouro ofertado pelas empresas de
mineração que atuam no território nacional, registrando significativa alta de 19,3% (DUARTE &
OLIVEIRA, 200) frente a 2005, ano em que mercado consumidor demandou 26.962 kg de ouro,
registrando recuo de 8,5% frente a 2004, sendo 97,8% desse total destinado ao mercado exterior e
negociado integralmente como ativo financeiro. Os principais compradores internacionais formam o
conglomerado empresarial japonês Mitsui & Co Precious Metals, Inc que em 2005 absorveu 9.862 kg
de ouro (OLIVEIRA, 2006) contra 8.712 kg em 2004 (OLIVEIRA, 2005).
Segundo (DUARTE & OLIVEIRA, 2007) o mercado nacional, em 2006, absorveu apenas 1,5% (442 kg) do
total do ouro disponibilizado pelas empresas brasileiras contra 2,1% (560 kg) em 2005 (OLIVEIRA, 2006). Como
ativo financeiro em 2006 foram comercializados 442 kg de ouro contra 387,4 kg em 2005. Os principais clientes em
2006 foram conglomerado empresarial japonês Mitsui & Co Precious Metals Inc que absorveu 9.026 kg de ouro,
seguido pelo banco norte-americano Bank of Nova Scotia que adquiriu 8.932 kg, o banco Standard Bank 4.240kg, e
o banco HSBC adquiriu 3.410kg. (OLIVEIRA, 2007). Já a indústria joalheira brasileira adquiriu 3.104 kg do ouro
ofertados pelas empresas nacionais durante o exercício de 2006 (OLIVEIRA, 2007) contra 173,1 kg em 2005
(OLIVEIRA, 2006).
Hoje na 11ª posição do ranking dos produtores, segundo o Serviço Geológico Americano (USGS), o país pode subir ao 7º posto caso os planos do governo de dobrar a extração de ouro até 2017 se concretizem. Para cumprir a meta, espera-se que o setor receba US$ 2,4 bilhões em investimentos entre 2011 e 2015.
A meta do governo, expressa no último Plano Nacional de Mineração, se sustenta nos preços do minério, que dobraram desde o início da crise econômica mundial, em 2008.
Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007. Hoje está cotado em US$ 1.600. A valorização tornou rentáveis minas com baixo teor de ouro e outras já exploradas, antes tidas como esgotadas.
Entre as minas que serão reabertas está a de Serra Pelada, no sudeste do Pará. A mina atraiu milhares de migrantes nos anos 80 e fechou em 1992, em meio ao declínio da produção. Celebrizada pelas fotografias do "formigueiro humano" que abrigava, foi considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Outras minas que serão reabertas estão a de Riacho dos Machados, em Minas Gerais, e a de Pilar de Goiás.
Em 2011, segundo o USGS, o Brasil produziu 65 toneladas de ouro. A maior produtora mundial é a China, com 345 toneladas. Na América Latina, a produção brasileira é superada apenas pela do Peru, com 170 toneladas.
Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007.
Desde então, dobrou de preço, chegando a US$ 1.600. "Com o preço nesse nível, minas que não eram viáveis por terem baixo teor de ouro, hoje, se tornaram rentáveis, e minas já exploradas estão sendo reabertas", disse à BBC Brasil Arão Portugal, vice-presidente no Brasil da mineradora canadense Yamana.
No Brasil, entre as minas que serão reabertas está a de Pilar de Goiás, cidade fundada em 1741 durante o primeiro ciclo de ouro brasileiro. Outra é Serra Pelada, no Pará, que deve retomar suas atividades no início de 2013.
Fonte:http://www.bmfbovespa.com.br/mulheres/noticias/If120409NotB.asp?Pagina=1&Ano=2012&Canal=1
Fonte:http://www.bmfbovespa.com.br/mulheres/noticias/If120409NotB.asp?Pagina=1&Ano=2012&Canal=1
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