sexta-feira, 7 de novembro de 2014

10 Atitudes que vão lhe ajudar a poupar seu dinheiro

Saber administrar bem o seu dinheiro é uma das principais virtudes que uma pessoa pode ter: sem gastos os gastos desnecessários, acaba sobrando mais dinheiro no fim do mês, seja para ser investido ou para consumo em outros itens que você queira. 
Sabendo disso, o site The Simple Dollar fez uma lista de atitudes que você pode tomar para economizar dinheiro. A ideia é fazer pequenas economias, que, no final de um ano, farão uma grande diferença no seu orçamento. 
São atitudes simples que não mudam significativamente o seu estilo de vida - usualmente, gastamos muito dinheiro que não sabemos que estamos gastando em serviços que não precisamos.  
Confira a lista: 
1) Use uma lista de compras ao entrar em um supermercado - com uma lista, você pode evitar gastos impulsivos ao entrar no mercado, buscando apenas os itens que você notou falta e quis comprar antes de entrar no estabelecimento. 
2) Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes - lâmpadas fluorescentes são mais econômicas e duram mais, sendo desnecessária a troca constante das lâmpadas 
3)Calibre os pneus de seu carro - essa atitude deve fazer com que seu carro gaste menos combustível, já que pneus calibrados fazem o automóvel se mover mais rápido 
4) Delete seus cartões de crédito dos sites - muitos sites lhe apresentam a conveniência de guardar o número de seus cartões de crédito. Fuja disso, já que essa é uma forma de estimular o consumo por impulso 
5) Tente hobbies gratuítos - muitas vezes gastamos dinheiro desnecessariamente com hobbies caros. Procure atividades que possam ser desenvolvidas de maneira gratuita. Uma boa dica é passar a correr em parques ou verificar a agenda cultural de sua cidade. Muitos espetáculos tais como música, teatro e cinema são oferecidos a preços populares ou gratuitamente. Acesse o site regional e verifique.
6) Coma os restos de alimentos - muita comida é desperdiçada todas as semanas. Comê-los pode diminuir as compras de alimentos. Para evitar enjoar desses alimentos, vale a pena guardar na geladeira e comer dois dias depois 
7) Seque suas roupas em um varal - essa medida é muito mais econômica do que usar uma máquina de lavar para secar suas roupas. A brisa e uma janela aberta não gastam nada. 
8) Diminua o refrigerante - além de mais saudável, beber água é muito mais barato do que beber bedidas prontas. Sucos e chás também lhe ajudam a economizar nesse sentido
9) Feche contas que não são usadas - aquela conta do Netflix que não é usada? Cancele. Algum serviço online desnecessário? Não pague mais. A maioria das pessoas faz assinaturas desnecessárias 
10) Renegocie suas contas - ao receber suas contas, olhe por taxas de serviços que você não vai usar e cancele. Além disso, é possível renegociar boa parte destas taxas com a empresa, como anuidades de cartão de crédito

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quanto dinheiro eu posso ter na poupança sem pagar imposto de renda?

Caríssimos,

Essa é uma preocupação latente. Desde que a Dilma mexeu nas formas de rendimento da Caderneta de Poupança, ninguém mais sabe o dia de amanhã. Retirei a resposta do site da Receita Federal:

CADERNETA DE POUPANÇA SUPERIOR A R$ 300.000,00
010 — Dependente que possui caderneta de poupança em valor superior a R$ 300.000,00 está
obrigado a declarar?
Está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA), o contribuinte que, em 31 de dezembro de 2013, teve a posse ou a propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$
300.000,00. Portanto, o titular de caderneta de poupança com saldo superior a R$ 300.000,00 está obrigadoa apresentar a declaração.
Fica dispensada de apresentar a DAA, a pessoa física que, embora se enquadre em qualquer das hipóteses
de obrigatoriedade, conste como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual
tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua.

Encontrei também essa reportagem da Veja de 2009:

Imposto sobre a poupança

O ministro da fazenda Guido Mantega anunciou no dia 15 de setembro que pretendia mandar para aprovação projeto do governo segundo o qual a alíquota do Imposto de Renda (IR) que incidirá sobre os rendimentos das cadernetas de poupança que excederem 50.000 reais será de 22,5%. Idealizado em maio, o projeto era para evitar que os investidores corressem para a caderneta, que tem rendimentos garantidos pelo governo. Isso não ocorreu mas mesmo assim a idéia da taxação segue adiante.

1. O que muda na poupança? E a partir de quando?

O governo espera que, a partir de janeiro de 2010, o rendimento de cadernetas com depósitos superiores a 50.000 reais seja tributado com uma alíquota única do imposto de renda de 22,5%. A idéia é evitar a migração de investidores para a poupança, que se mostra mais atrativa que os fundos de investimentos que compram títulos do Tesouro Nacional, atrelados à Selic. Ficará sujeito à tributação apenas o ganho relativo ao montante que ultrapassar os 50.000 reais na poupança. Uma aplicação de 60.000 reais pagará imposto sobre os rendimentos relativos a 10.000 reais.

2. A medida já pode entrar em vigor?

Não. Ela precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. O ministro Guido Mantega garante que os líderes da oposição no Congresso estariam de acordo com a aprovação da matéria. Vale lembrar que o governo já sofreu uma grande derrota em matéria de tributos, quando a renovação da CPMF foi vetada, o que sepultou o imposto sobre o cheque, em dezembro de 2007.

3. Como será a tributação?

Como qualquer imposto, o IR é calculado por meio da multiplicação da base de cálculo por uma alíquota. No caso do Imposto de Renda, as alíquotas variam de 7,5% a 27,5% ao ano, conforme a faixa de rendimentos. Para a caderneta de poupança haverá alíquota única de 22,5%. A proposta do governo é tributar os rendimentos de depósitos acima de 50.000 reais. A cobrança vai ser feita na fonte, isto é, no momento em que o rendimento for depositado. Apenas se o aplicador tiver várias contas cuja soma ultrapasse 50.000 reais, a cobrança se dará na declaração anual de ajuste do IR. Nesse caso, o banco enviará ao contribuinte um comprovante de seus rendimentos no ano. Ao digitar os valores na declaração do IR, o programa da Receita Federal calculará automaticamente o imposto a ser pago.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mogno Africano e o nível de PH do solo

MOGNO AFRICANO - KHAYA NYASICA stapf. ex baker f.  (CAOBA AFRICA DEL ESTE )

O Khaya Niasyca( NYASICA)  Stapf. ex baker f. ( Caoba Africana Del Este ),  é uma grande árvore, podendo ultrapassar a 60m de altura, oriundas da Região Central, Leste e Sul da África, encontrada também em Moçambique, África do Sul, Tanzânia, Zaire, Zâmbia.

Khaya Niasyca é encontrado em solos bem drenados aluviais, é uma espécie tolerante a seca sazonal,  pode ser plantado em solos com ph a partir de 4.0 , e no máximo de 7.0,  mas obtendo os melhores resultados em terras com ph de 5.5 a 7.0,  é encontrado em de  solos de argila para arenoso. A espécie pode ser plantada desde o  nível do mar até 1400m de altitude, Ocorre na área de precipitação de verão tropicais, com estação chuvosa durante o verão, e uma seca severa no inverno. Pode ser plantado em precipitações acima de 600 mm anuais, mas tem seu desenvolvimento aumentado onde as precipitações ultrapassam 1200mm anuais.

Khaya Niasyca Del Este Africano  cresce melhor em solos aluvial profundo, úmido e bem drenado, solos ribeirinhos, com inclinação leve,  é uma variedade muito tolerante ao frio.
Aqui no Brasil cresce também nas estações de outorno e inverno, temos registrado 4 brotações neste período ( março p/ abril; maio para junho ; junho para julho , e no início de agosto . Sendo uma variedade promissora para quem pretende fazer irrigação. Também é cultivado como árvore de sombra,  e também apresenta como excelente espécie para ser consorciado com café, banana, goiaba, cacau e outras.

A madeira  do Khaya Nyasica Stpf. ex Baker f.  é quase rosa quando fresca, transformando para lustrosa castanho-avermelhado quando seco,  apropriada para mobiliário de luxo, paineis, torneados e barcos. Seu tronco é monopodial, sendo desprovido de galhos até uma altura de aproximadamente 10m, o tronco é reto e cilindrico. Outra característica importante, a espécie rebrota após o corte.

Exigências de solo do Mogno Africano

A exploração dos recursos naturais em todo o mundo teve aumento significativo principalmente a partir do século 19 devido a diversos fatores, como a industrialização. Dentre as formas de exploração destes recursos, pode-se destacar a exploração madeireira, responsável pela devastação de milhões de hectares de matas nativas em todo o mundo, sobretudo a floresta Amazônica brasileira. Na medida em que a exploração de espécies nativas foi se intensificando ao ponto de reduzir drasticamente os estoques naturais entre os anos 70 e 80 no Brasil, órgãos públicos e ambientais adotaram diversas medidas para a proteção e conservação das mesmas. Dentre as espécies arbóreas nativas exploradas intensivamente e que estão incluídas nestas medidas, pode-se destacar o Mogno (Swietenia macrophylla King), que possui madeira de grande valor comercial. Outra importante barreira para produção do mogno é a presença da praga conhecida como broca-dos-ponteiros (Hypsipyla grandella), que destrói a gema apical da árvore, provocando excessiva ramificação do tronco, o que o desvaloriza para a utilização. A fim de se garantir o mogno como patrimônio natural renovável, se adequar as políticas de conservação de espécies nativas e suprir a demanda do mercado madeireiro, uma boa alternativa encontrada é a substituição dessa madeira por espécies florestais exóticas com potencial similar em relação às propriedades físicas e mecânicas da madeira, à trabalhabilidade, aos caracteres gerais e adaptação ao território brasileiro.

Mogno Africano do gênero Khaya

Baseado no contexto acima, as espécies africanas de mogno do gênero Khaya surgem com o perfil adequado para substituição do mogno. Assim como Swietenia, o gênero Khaya pertence à família Meliaceae, sendo representado em geral por árvores de elevado porte. Esse gênero compreende quatro importantes espécies produtoras de madeiras comerciais na África continental: Khaya ivorensis, Khaya senegalensis, Khaya anthoteca e Khaya grandifoliola, além de uma no Madagascar, a Khaya madagascariensis. Estas espécies são em geral muito similares entre si, e nenhuma delas distingui-se substancialmente dos mognos americanos nas caraterísticas físicas e mecânicas da madeira e em sua morfologia externa.
Por se tratarem de espécies exóticas, podem ser plantadas como cultura comercial para exploração madeireira, além de possuírem, de maneira geral, rápido crescimento (podendo ser de até 30 a 40% superior ao mogno americano) em clima tropical, qualidade similar da madeira e serem normalmente resistentes (por não-preferência) à broca-dos-ponteiros na América. 
No Brasil, a maior parte dos plantios comerciais de mogno-africano tem sido realizada com a espécie Khaya ivorensis, devido ao fato de se terem disponíveis mais informações desta em relação às outras quatro e por maiores facilidades de aquisição de sementes e propagação vegetativa.
Khaya ivorensis A. Chev. - Características gerais
A área de ocorrência natural de Khaya ivorensis limita-se às regiões tropicais úmidas e de baixa altitude no continente Africano. São árvores de grande porte que podem atingir de até 60 m de altura e diâmetro de 2,10 m (DAP). O tronco é em geral retilíneo, apresentando fuste comercial livre de ramificações até 30 m de altura, possuindo base com grandes sapopemas que podem se elevar até cerca de 4,0 m de altura. Os frutos produzem em média 15 sementes, que são fortemente achatadas e consideradas recalcitrantes, por perderem rapidamente seu poder germinativo, o que torna bastante interessante as técnicas de propagação vegetativa da espécie.

Exigências climáticas
Khaya ivorensis é heliófila, sendo tolerante à sombra durante a fase jovem, e caducifólia quando ocorre em regiões áridas. Ocorre de forma dispersa, em florestas com precipitação média anual entre 1600 e 2500 mm e curto período seco de 4 meses. Suporta inundações durante o período de chuvas, porém não tolera longos períodos de solo seco. A temperatura na área de ocorrência natural oscila entre 24 e 27 °C, sendo a média do mês mais frio em torno de 18 °C. É importante salientar, porém, que tem demonstrado grande plasticidade no Brasil, se adaptando em vários estados da região Sudeste, Norte e, inclusive em locais sujeitos a geadas, como Sul de Minas Gerais e Santa Catarina.
Exigências de solo
Por se tratar de uma espécie heliófila, deve-se evitar o plantio em locais sombreados, causado, por exemplo, por morros laterais. Plantios de algumas árvores na Zona de Minas gerais têm mostrado que Khaya ivorensis desenvolve-se muito bem nos Latossolos Vermelho-Amarelos e também nos Argissolos Vermelho-Amarelos. Deve-se, evitar os solos muito compactados, adensados e rasos, que podem prejudicar o seu desenvolvimento radicular. Para que se evite elevados teores de alumínio (Al) trocáveis, é importante realização da calagem na área de plantio após análise.


É uma etapa do preparo do solo para cultivo na qual se aplica calcário com os objetivos de elevar os teores de cálcio e magnésio, neutralização do alumínio trivalente (elemento tóxico para as plantas) e corrigir o pH do solo, para um desenvolvimento satisfatório das culturas. 

Características da madeira

A madeira apresenta uma grande relação com as condições de crescimento das árvores, ou seja, as madeiras mais coloridas e mais densas são oriundas das estações mais secas suportadas pela espécie. Desta maneira, a cor não é um parâmetro adequado para diferenciação de espécies do gênero Khaya. A Khaya ivorensis tem, em média, características de madeira semelhantes aos mognos americanos, sendo em geral leves, com taxas de retratibilidade moderadas, de boa resistência mecânica estática, mas pouco resistentes ao choque. A sua madeira além de ser valorizada para indústria moveleira e de laminados, pode ser utilizada para produção de caixas e estojos decorativos, compensados, e molduras de janelas, painéis, portas, construção de navios e embarcações e diversas outras utilizações.
A casca externa possui variações de cor marrom e possui depressões superficiais causadas pela queda de placas quase circulares. É amarga e largamente empregada na medicina tradicional africana, no tratamento de tosses, febres, anemias, feridas, lesões, úlceras e até mesmo tumores.

Principais pragas e doenças
Broca-dos-ponteiros

Como já citado, a presença da praga Hypsipyla grandella no Brasil, conhecida como broca-dos-ponteiros, confere uma importante barreira para produção do mogno no Brasil. No continente africano, outra espécie (Hypsipyla robusta) causa os mesmos danos nas espécies de mogno africano. Os ataques e danos causados por ambas são similares, com a perda da dominância apical, o que leva a ramificações excessivas no tronco. Entretanto, até o presente momento, Hypsipyla grandella não tem atacado as espécies de Mogno-africano do gênero Khaya em território brasileiro. É uma resistência por não-preferência, ou seja, a praga não deposita os seus ovos na planta por não se sentir atraída por ela. Existem observações empíricas, de que as espécies de cedro e mogno ocorrentes na América resistem aos ataques da Hypsipyla grandella devido à associação delas com o pau d’alho (Gallesia integrifolia) no interior da floresta. Caso comprovada esta informação, o plantio consorciado de mogno-africano com o pau d’alho pode ser interessante para controle de possíveis ataques nas regiões naturais. Uma outra boa alternativa de controle e prevenção dos ataques é a presença do cedro-australiano (Toona australis) próximos ou junto aos mognos, pois tem sido constantemente observado que as larvas de Hypsipyla grandella ao se alimentarem dos brotos terminais desta espécie, morrem totalmente devido à substâncias tóxicas presentes. É muito importante salientar que, se tratando de uma resistência por não-preferência, devem ser realizados monitoramentos constantes dos ataques, para que medidas sejam tomadas para prevenção de ataques severos.

Cancro de córtice ou da casca

Esta doença é causada fora do habitat natural de Khaya por um fungo denominado Lasiodiplodia theobromae, que em condições de alta umidade, causa lesões circulares e salientes que evoluem posteriormente, até formarem-se áreas tumorosas e dilaceradas, conferindo à planta um aspecto negro com lesões tumorais. Em Khaya ivorensis, o aparecimento desta doença ocorre a partir dos 2 anos de idade na casca e suas lesões não afetam a qualidade da madeira e não impede o seu uso. Porém, o controle deve ser feito quando as lesões começarem a aparecer, pois apesar de não causarem a morte da árvore, estes ataques podem reduzir drasticamente o fluxo de seiva na casca, causando desfolhamento progressivo, comprometendo o crescimento vegetativo e, até mesmo a frutificação e a produção de sementes. O controle pode ser feito aplicando se, com um pincel, o Hipoclorito de Sódio (Água Sanitária) a 2,5%, ou Calda Bordaleza. A reincidência, após o controle, ainda não foi constatada.
Outras pragas e doenças
Outras doenças e pragas possivelmente observadas em Khaya ivorensis são a mancha areolada das folhas (Thanatephorus cucumeris), podridão branca da raiz (Rigidoporus lignosos), cercosporiose (Cercospora sp.), Fusarium sp., abelhas cachorro (Apidae), formigas cortadeiras saúvas (Atta spp.) e Quém-quém (Acromirmex spp.), broca do pecíolo (Xylosandros sp), dentre outras.

Plantio e manejo de Khaya ivorensis

O percentual de germinação das sementes frescas de Khaya ivorensis é de cerca de 90%, porém passa a cair rapidamente em cerca de 2 semanas. A germinação é lenta e pode levar em torno de 11 a 40 dias. Desta forma, a produção de mudas clonais através de enxertia em viveiro se torna uma boa alternativa, além de se obter em média maiores produções. No viveiro, um sombreamento moderado é vantajoso para mudas de até dois anos de idade. O plantio deve ser feito utilizando-se covas de 40 x 40 x 40 cm, com adubação e calagem feitas de acordo com a análise do solo. O controle de plantas daninhas deve ser feito em volta das árvores principalmente nos primeiros anos de plantio.
No Brasil, a introdução da espécie é relativamente recente quando comparada a outros países, e desta maneira, experimentos ainda não foram suficientemente conduzidos para que se tenha uma consistente indicação em relação ao preparo do solo e plantio. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) em 2013, plantios realizados na Fazenda Atlântica Agropecuária (atualmente com 800 ha de Khaya ivorensis  plantados), localizada em Pirapora-MG, têm demonstrado bons resultados conduzidos da seguinte maneira:
- Preparo/correção: área total, calcário dolomítico 1 ton/ha em aplicação única, 30 dias pré plantio.
- Plantio realizado em sulco seguido cova, espaçamento 6 x 6 m., 4 litros de esterco de galinha/cova.
- Capinas manuais e roçadeira nas entrelinhas de plantio e herbicida residual na linha
- Adubação mineral de cobertura: 500 kg/ha (19-04-10 com micros) + fertirrigação + foliares
O espaçamento 6x6 m tem sido mais adotado, o que considerando perdas naturais, chega-se a um número médio de 264 árvores/ha. O primeiro desbaste com o corte de metade das árvores, de um plantio bem conduzido, poderá ser realizado nos anos 11 e 12 e os cortes finais nos anos 16 e 17. Com estes dados e através da memória de cálculo, pode-se chegar a uma produtividade total de 161,304 m³ de madeira serrada/ha. É importante salientar que estes números são apenas perspectivas gerais, podendo variar de acordo com a região e principalmente condução do plantio.
Plantios mistos de Khaya ivorensis com outras espécies florestais como Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra), Ipê-Amarelo (Tabebuia serratifolia), Peroba-do-Campo (Paratecoma peroba), Peroba-Rosa (Aspidosperma polyneuron) e a Pimenta-do-reino (Piper nigrum) em sistemas agroflorestais indicam serem potenciais, mas ainda carecem de experimentos e pesquisas mais aprofundadas.

Conclusões

Khaya ivorensis tem despertado um grande interesse devido as diversas características apresentadas, tais como crescimento relativamente rápido, alto valor econômico da madeira, adaptabilidade ao território brasileiro, além de ser uma das melhores espécies de mogno africano para cultivo. Porém, são necessárias mais pesquisas sobre sistemas apropriados de manejo em floresta natural para assegurar uma exploração sustentável, de manejo e controle do ataque da Hypsipyla grandella, de sistemas agroflorestais e consórcio com outras espécies nativas e exóticas, de adubação outras técnicas de manejo, etc.
Estudos mais aprofundados de resistência e melhoramento genético, como ampliação da base genética com a importação de sementes da África, estudos de qualidade da madeira sob irrigação e adubação também se tornam importantes para melhorar ainda mais o desempenho da espécie, que já se mostra grande em um mercado promissor para a mesma.


Para informações mais detalhadas sobre Khaya ivorensis e outras espécies, o livro “Ecologia, Silvicultura e Tecnologia de Utilização dos Mognos-africanos (Khaya spp.)” pode ser adquirido com:
Professor Antônio Lelis Pinheiro. E-mails: pinheiroufv@gmail.com e pindendrol@gmail.com
Artigo publicado na 45ª edição (Ago/Set 2013) da revista ProCampo
por Daniel Teixeira Pinheiro1 e Antônio Lelis Pinheiro2
1 Eng° Agrônomo, Mestrando em Fitotecnia - Universidade Federal de 
Viçosa (UFV) – pinheiroagroufv@gmail.com 
2 Eng° Florestal, Professor Associado – Dep. De Engenharia Florestal
Universidade Federal de Viçosa (UFV) – pinheiroufv@gmail.com 
É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa dos editores ou do autor.

sábado, 21 de junho de 2014

10 dicas para se tornar um milionário antes dos 30 anos

SÃO PAULO - Tornar-se um milionário antes dos 30 anos é o sonho de muitos jovens empreendedores. Apesar de um grande desafio, a meta é totalmente possível na visão do americano Grant Cardone, que atualmente está com 56 anos, atua na área automotiva e é o proprietário da Cardone University. "Aos 21 anos eu saí da faculdade quebrado e com dívida. Aos 30 anos eu era um milionário", conta.
Para ajudar quem quer chegar ao primeiro milhão antes dos 30, ele deu dicas em um artigo publicado no site da revista Entrepreneur. Confira:
1 - Aumente sua renda
No ambiente econômico atual, não é possível viver do status de milionário. O primeiro passo é se concentrar em aumentar sua renda de forma progressiva para chegar ao objetivo. "Minha renda era de US$ 3.000 por mês e nove anos mais tarde ela saltou para US$ 20.000 por mês. Comece a ir onde está o dinheiro e ele vai forçá-lo a controlar as receitas e ver oportunidades", afirma.

2 - Não ostente
O importante é ser conhecido por sua ética de trabalho, não pelos bens materiais que você compra. Cardone conta que não adquiriu o primeiro relógio de luxo ou o carro de seus sonhos até os seus negócios e investimentos estarem com uma renda segura.

3. Economize para investir
A única razão para economizar dinheiro é para investir. Para isso, coloque o seu dinheiro em aplicações garantidas e nunca use suas economias para nada, nem mesmo em uma emergência. Isso vai forçá-lo a continuar aumentando a renda.

4. Evite dívida
Faça uma regra de nunca contrair dívida, a não ser que seja para gerar dinheiro. As pessoas ricas usam dívida para alavancar investimentos e aumentar o fluxo de caixa. As pessoas pobres usam dívida para comprar coisas que fazem as pessoas ricas ficarem mais ricas.

5. Dinheiro como prioridade
Somente aqueles que fazem do dinheiro uma prioridade conquistam milhões. O empreendedor compara o dinheiro a um relacionamento amoroso. Ignore-o e ele irá ignorá-lo. Ou pior, ele vai deixar você por alguém que faz com que seja uma prioridade.

6. Durma pouco
Dinheiro não sabe sobre relógios, agendas ou feriados e aprecia quem também age desta forma. Cardone afirma que quando tinha 26 anos, vendia carros e a loja em que trabalhava fechava às 19h, mas era possível encontrá-lo quase todo dia depois das 23h. Para ele, o importante não é ser mais esperto ou mais sortudo que todo mundo, o essencial é trabalhar mais que ele.

7. Ser pobre não é bom
Elimine todos e quaisquer ideias que ser pobre é algo aceitável. Para comprovar a sua afirmação ele usa uma frase de Bill Gates: "Se você nasceu pobre o erro não foi seu, porém, se você morrer pobre o erro foi todo seu".

8. Procure um mentor milionário
Cardone afirma que estudou as atitudes de uma série de empreendedores milionários, que o ensinaram bastante sobre como prosperar. Para ele, a influência de um mentor milionário faz com que a pessoa amplie seus limites e estejam mais preparadas para ganhar mais dinheiro.

9. Invista para ter dinheiro extra
Ganhe dinheiro e deixe ele fazer o trabalho pesado. Você deve fazer mais dinheiro fora de seus investimentos e usar esse excedente para criar meios de ele gerar dinheiro por você.

10. Pense grande
Por fim, Cardone afirma não pensar alto é um erro financeiro. Para ele, não há falta de dinheiro no mundo, apenas uma escassez de pessoas que pensam grande o suficiente.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Mogno Africano modelo de plantio e manutenção


Pode parecer simples, mas o plantio correto do mogno africano garante que as mudas irão se desenvolver da melhor maneira possível. Da preparação do solo até o crescimento da planta, tudo deve ser observado com a maior atenção. Veja abaixo dicas simples que garantem o sucesso da sua plantação.
O preparo do solo
- Atentar-se para a redução da competição por ervas daninha.
- Melhorar as condições físicas do solo.
- O preparo do solo pode ser realizado em faixas ou em área total. Porém o preparo do solo em área total, embora diminua o custo inicial de implantação promove ganhos indiretos em longo prazo, justificando o investimento.
- Para corrigir o solo, pode-se utilizar de 2,5 Kg a 3 Kg de calcário dolomítico e 600 Kg a 700 Kg de gesso/h, conforme o resultado da análise do solo e receituário agronômico.
Subsolagem
É rompimento da camada superficial do solo, o que possibilita o aumento, a sobrevivência e o crescimento das mudas uma vez que propicia o alcance das raízes a maiores profundidades, alem de promover menor exposição do solo, reduzindo perdas por erosão. Por ser uma operação que revolve o solo em profundidade, neste momento aproveita-se para realizar a adubação fosfatada.
Preparo das covas
- Pode ser aplicado 5 litros de esterco de galinha ou 10 litros de esterco bovino, 250 gr. de MAP e 150 gr. de termofosfato.
- Deve-se misturar bem o adubo com a terra para evitar alta concentração do mesmo em determinadas áreas.
- A cova precisa ser de no mínimo 50 cm x 50 cm x 50 cm, e depois de preparada, deve esperar 5 dias para plantar, pois o esterco precisa estabilizar.
Irrigação
Na fazenda Atlântica Agropecuária LTDA, cada planta recebe 10 litros de água por dia. Entretanto, como o sistema é por gotejamento, o ideal é que se forneça 40 litros de água a cada 4 dias.
- Para cada região há um projeto, portanto um técnico especializado deve ser contratado.
Fertirrigação
- Aplicação simultânea de fertilizantes e água, por meio de um sistema de irrigação.
- É uma das maneiras mais eficientes e econômicas de aplicar fertilizante às plantas.
- Nas condições de solo da Fazenda Atlântica LTDA a quantidade aplicada de adubo é de 270 Kg/ha de Nitrogênio, 270 Kg/ha de K2O e 90 Kg/ha de P2O, além de micronutrientes. Toda a adubação é parcelada em 12 vezes ao ano.
Plantio
- Recomenda-se o espaçamento de 6m x 6m, pois é mais promissor no volume/ha e possui maior rendimento de madeira serrada.
- Após a marcação das covas, as mudas devem ser distribuídas manualmente em cada cova, em seqüência, chegando terra até a altura do colo da planta.
Pragas e Doenças
- Formigas e abelhas arapuá atacam árvores quando ainda são jovens.
- Na fase adulta tem ocorrido em algumas árvores a incidência do cancro, provocado por fungos, que causa lesões na casca do tronco. Se detectada a doença é preciso retirar à parte machucada e aplicar um fungicida a base de cobre.
Desbrota
- A desbrota é necessária aos plantios florestais quando se deseja obter toras de diâmetros elevados ao final da rotação.
- O objetivo é eliminar também árvores mal formadas, tortas, bifurcadas e doentes, mesmo que apresentem dimensões elevadas.
- Deve-se evitar a retirada de grupos de árvores e  procurar manter uma distribuição uniforme de espaçamento entre as  árvores remanescentes, evitando formação de clareiras e o crescimento de plantas invasoras entre as árvores.
Semente ou clone?
De acordo com o engenheiro agrônomo, João Emílio Dutra Matias, os clones tem registrado um arranque maior, ou seja, crescem mais que as sementes inicialmente. Isso se explica devido ao fato dos clones já terem todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Leandro Matias ressalta que nunca optaria por um ou outro. “Não faria uma floresta apenas com clones ou sementes. Acho um meio a meio mais viável. O desempenho deles varia de acordo com o tipo de solo, irrigação, clima de região. Além disso, baseamos nossas observações em apenas três anos, já que começamos a plantar clones somente recentemente”, afirma.
Preço
O preço da semente de mogno africano hoje está em R$ 4 acima de cinco mil mudas. Já os clones são comercializados a R$ 5. Segundo Ricardo Tavares, uma das provas de que o produtor rural está visualizando boa rentabilidade no longo prazo vem justamente da venda de mudas: só ano passado a Atlântica Agro um de nossos associados, comercializou mais de 400 mil.


Preço Internacional do metro cúbico de Mogno Africano

Encontrei esses dois artigos:


Diferença de preço de Madeira de Lei x Pinus e Eucalipto:

A grande vantagem do guanandi, em relação ao eucalipto, teca e o mogno é que o guanandi é uma planta nativa do Brasil, com mais vantagens para o meio ambiente e a bio diversidade. Outra vantagem é que ocorre em todos os Estados brasileiros sendo versátil a todos os tipos de solos e climas, enquanto por exemplo, a teca só se da bem no Mato Grosso por questões climáticas e o mogno é atacado no mundo inteiro pela praga Hypsipyla grandela Zeller tornando impossível o seu cultivo.

Quanto à comparação com eucalipto, embora madeira excelente para celulose e papel, é madeira inferior ao guanandi, este sim, madeira de Lei para movelaria fina, uso naval porque é imputrescível em contato com a água, reconhecido desde os tempos do império, tendo merecido o primeiro decreto imperial brasileiro em 1835, declarando o guanandi a primeira madeira de Lei do pais. Dessa forma, o eucalipto e o pinus são muito plantados para industria de papel (Aracruz, Votorantin, Aracel, etc.) sendo cotado em torno de R$ 50,00 o metro cúbico, enquanto uma madeira de Lei como a Teca, o Guanandi e o Mogno tem valor de mercado em torno de U$$ 1.500,00 o metro cúbico, portanto um preço pelo metro cúbico 60 vezes maior que o eucalipto e o pinus.

Enquanto as madeiras de Lei e nobres como o Guanandi, a Teca e o Mogno estão em extinção e são raras, sem a mínima possibilidade de suprimento da demanda (o que faz com que os preços no futuro cada vez mais aumentem), por outro lado, o eucalipto e o pinus tendem, no futuro, terem um excesso de produção, podendo seus preços se estabilizarem e até regredirem. Por isso, em termos de segurança de investimentos, além de melhores preços, vale mais a pena investir na raridade do guanandi do que em eucalipto, pinus, etc....

E essa do Valor Econômico de 2012:

Valor Econômico - 14/05/2012


Há quase 40 anos, um funcionário do governo da Costa do Marfim visitou um instituto de pesquisa em Belém do Pará, que mais tarde se transformou na Embrapa Amazônia Oriental, interessado em técnicas de plantio implantadas no Brasil e em possíveis intercâmbios. No fim da visita, meteu a mão no bolso e entregou ao diretor do centro paraense um punhado de sementes de mogno africano. "Plante que isso será o ouro do futuro", relembra o pesquisador Ítalo Falesi.
A previsão está sendo posta à prova agora por empresários de Minas Gerais, onde o plantio da árvore se expandiu rapidamente e as florestas da espécie khaya ivorensis em formação já estão entre as maiores do país. Seu cultivo para corte é permitido por lei, ao contrário do mogno nativo, que sofreu com a exploração predatória anos atrás. Os números não são exatamente os do ouro, mas quase. Na Europa, o metro cúbico da madeira castanho avermelhada chega a € 850; no Brasil, um quilo de sementes varia de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil.
Um dos maiores produtores do país é Ricardo Tavares, empresário mineiro do segmento de café. Ele se prepara para completar, no fim do mês, o plantio de 500 hectares em uma propriedade no município de Pirapora, região central do Estado. Em outra fazenda da qual é sócio, nos municípios de Ponte Nova e Capelinha, mais 200 hectares já foram semeados. Até o fim do ano, o plantio se estenderá por outros 300 hectares em São Roque de Minas.
Em seu luxuoso escritório em Belo Horizonte, Tavares faz as contas: "Nossos planos são de produzir 322 metros cúbicos por hectare. Acreditamos que o preço mínimo do mogno será de R$ 2,3 mil o metro cúbico, o que renderá R$ 740,6 mil por hectare. Tirando o que estamos investindo, teremos R$ 706,6 por hectare ou R$ 353,3 milhões no total. Isso só nas plantações de Pirapora". Ele comenta que o maior plantio individual no país pertence ao médico e escritor Augusto Cury, com 500 hectares na região do Triângulo Mineiro.
O projeto do empresário foi pensado para um prazo de 17 anos, com investimentos de R$ 17 milhões. A ideia é fazer os primeiros cortes em 11 e 12 anos, e depois no 16º e 17º ano. As árvores já completaram quatro anos. Em março passado, Tavares, que preside a Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano, reuniu em Pirapora vários produtores. E entre eles estava Ítalo Falesi, que há 36 anos recebeu as sementes do enviado da Costa do Marfim.
Aos 79 anos, Falesi continua envolvido em estudos, produção e divulgação do mogno no Norte do país. As sementes que o marfinense lhe deu se transformaram em árvores imensas - elas podem atingir 13 metros de altura e 130 centímetros de diâmetro -, as primeiras a produzir sementes no Brasil.
Segundo o pesquisador, o Pará tem em torno de 1 milhão de árvores de mogno africano. Pelos cálculos da associação brasileira, existem hoje cerca de 1 milhão de mudas plantadas pelo país, das quais 60% estão em Minas Gerais. "Há uma grande demanda por sementes e o Estado tem sido o maior comprador delas. Neste ano, os plantios mineiros vão superar os do Pará", prevê Falesi.
Para o professor do departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (MG), Antônio Lelis Pinheiro, Minas Gerais de fato já ocupa a liderança do cultivo extensivo de mogno africano. "Eu diria que 70% dos produtores mineiros de mogno têm a meta de atender o polo moveleiro do Estado. No Pará, o principal negócio continua sendo a venda de sementes", compara.
Os maiores países produtores do mundo são Gana, Costa do Marfim e outros países da África Ocidental, que exportam a maior parte da sua produção para a Europa, grande mercado consumidor dessa madeira nobre para fabricação de móveis. No entanto, o Brasil leva vantagem em relação aos líderes mundiais. As plantações não sofrem com a broca da ponteira, mariposa que ataca também o mogno nativo e por isso inviabiliza seu plantio comercial. Por enquanto, o produtor brasileiro precisa mesmo é tomar cuidado com formigas e as abelhas arapuá, que atacam as árvores jovens.
O professor Antônio Lelis Pinheiro explica que o agricultor pode consorciar plantio de frutas e criação de gado enquanto a floresta de mogno está em formação. Ele tem notado que as árvores estão tomando espaço de cultivos tradicionais como banana e café, como aconteceu na fazenda de Ricardo Tavares.
No ano passado, sua empresa, a Atlântica Exportação e Importação, especializada em vendas internacionais de café, faturou R$ 420 milhões. Outras empresas e fazendas proporcionaram outros R$ 230 milhões. Mas o que entusiasma o empresário hoje em dia é o fôlego da demanda interna para a madeira proveniente do mogno africano. "O Brasil é o maior consumidor mundial de madeira tropical. Por isso, não me preocupo muito com o mercado externo".

Mais informações no site oficial: http://abpma.org.br/associacao/